OS
TEMPLÁRIOS E A TERRA DO GRAAL TOMAR Escrito por um
triunvirato :
TEMPLÁRIOS E A TERRA DO GRAAL TOMAR Escrito por um
triunvirato :
Eugénio
Azevedo, natural de Tomar,
Prof. António Sustelo e Prof. José
Sequeira
Azevedo, natural de Tomar,
Prof. António Sustelo e Prof. José
Sequeira
A Ordem dos Templários,
cavaleiros do Templo, devotados à defesa dos lugares santos da
Palestina, foi fundada em 1119 por Hugo de Payens e mais oito
cavaleiros companheiros de Godofredo de Bulhões, totalizando o número de
nove : entre os quais Godofredo de Saint – Omer e o português Arnaldo
da Rocha.
cavaleiros do Templo, devotados à defesa dos lugares santos da
Palestina, foi fundada em 1119 por Hugo de Payens e mais oito
cavaleiros companheiros de Godofredo de Bulhões, totalizando o número de
nove : entre os quais Godofredo de Saint – Omer e o português Arnaldo
da Rocha.
Nove anos depois, em
1128, a Ordem dos Templarios foi confirmada pelo Papa a pedido de S.
Bernardo de Claraval, que lhe redigiu as regras que foram aprovadas no
Concilio de Troyes no mesmo ano e lhe inculcou o seu espirito, tendo
para tal escrito um livro em louvor dos Templários.
1128, a Ordem dos Templarios foi confirmada pelo Papa a pedido de S.
Bernardo de Claraval, que lhe redigiu as regras que foram aprovadas no
Concilio de Troyes no mesmo ano e lhe inculcou o seu espirito, tendo
para tal escrito um livro em louvor dos Templários.
Esta foi a única Ordem
fundada, não com o intuito de auxiliar peregrinos e doentes, mas sim
para combater de imediato os infiéis. Nos seus documentos oficiais
designam-se com « Fratres
militiae Templi ou Pauperes commilitones Christi Templique Salomonis »
O rei de Jerusalém Balduino II oferece-lhes para a sua sede uma ala do
seu palacio situado na Mesquita El-Aksa, construida no lugar onde se
situara o antigo Templo de Salomão, de onde tiraram o nome.
fundada, não com o intuito de auxiliar peregrinos e doentes, mas sim
para combater de imediato os infiéis. Nos seus documentos oficiais
designam-se com « Fratres
militiae Templi ou Pauperes commilitones Christi Templique Salomonis »
O rei de Jerusalém Balduino II oferece-lhes para a sua sede uma ala do
seu palacio situado na Mesquita El-Aksa, construida no lugar onde se
situara o antigo Templo de Salomão, de onde tiraram o nome.
A Ordem compreendia quatro
classes : Os cavaleiros, os escudeiros, os irmãos leigos e os capelães e
sacerdotes (chefes militares, sargentos, sodados, clérigos). Juravam
consagrar a sua vida ao serviço de Deus, defender no temporal a fé
cristã e os lugares santos e combater os seus inimigos, fazendo votos de
pobreza, obediencia e castidade.
classes : Os cavaleiros, os escudeiros, os irmãos leigos e os capelães e
sacerdotes (chefes militares, sargentos, sodados, clérigos). Juravam
consagrar a sua vida ao serviço de Deus, defender no temporal a fé
cristã e os lugares santos e combater os seus inimigos, fazendo votos de
pobreza, obediencia e castidade.
O santo abade Bernardo de
Claraval descreve-os como « monges – cavaleiros de Deus » vivendo numa
sociedade frugal, sem mulheres, sem filhos, sem terem nada de próprio.
Nunca estão ociosos, nem espalhados fora das suas casas ; quando não
estão em campanha contra o infiéis, reparam as vestes, armas e os
arreios dos cavalos, ou estão ocupados em exercícios piedosos. Detestam
os jogos, não se permitem caçar e banham-se raras vezes; andam
negligentemente vestidos com a cara queimada pelo sol.
Claraval descreve-os como « monges – cavaleiros de Deus » vivendo numa
sociedade frugal, sem mulheres, sem filhos, sem terem nada de próprio.
Nunca estão ociosos, nem espalhados fora das suas casas ; quando não
estão em campanha contra o infiéis, reparam as vestes, armas e os
arreios dos cavalos, ou estão ocupados em exercícios piedosos. Detestam
os jogos, não se permitem caçar e banham-se raras vezes; andam
negligentemente vestidos com a cara queimada pelo sol.
Para o combate armam-se
por dentro de fé e por fora de ferro, sem qualquer espécie de ornato e
tendo as armas como único enfeite. Toda a sua confiança está no deus dos
exércitos e, combatendo pela sua causa procuram uma vitória certa ou
uma morte santa e honrosa.
por dentro de fé e por fora de ferro, sem qualquer espécie de ornato e
tendo as armas como único enfeite. Toda a sua confiança está no deus dos
exércitos e, combatendo pela sua causa procuram uma vitória certa ou
uma morte santa e honrosa.
OS TEMPLÁRIOS DA PALESTINA
E CHIPRE VÃO PARA A PENÍNSULA IBÉRICA
E CHIPRE VÃO PARA A PENÍNSULA IBÉRICA
Enquanto viveram na
Palestina, houve sempre uma rivalidade entre os Templários e os
Hospitalários, que não poucas vezes se traduziu em lutas armadas que
muito enfaqueceram as posições cristãs na Terra Santa. Após a queda de
S. João de Acra em 1291 ambas as Ordens transferiram-se para Chipre
que Ricardo Coração de Leão tinha dado ao rei de Jerusalém. Essa
rivalidade prolongou-se até à extinção da Ordem dos Templários pelo Papa
Clemente V a instancias do rei de França Filipe o belo. Mas enquanto os
Cavaleiros do Hospital se conservavam no Mediterrâneo Oriental, os
Templários, na linha da sua missão universal expandiram as suas
implantações no Ocidente da Europa. Os seus templos constituiam
verdadeiras fortalezas, inexpugnaveis, que subsistem ainda hoje em
Portugal.
Palestina, houve sempre uma rivalidade entre os Templários e os
Hospitalários, que não poucas vezes se traduziu em lutas armadas que
muito enfaqueceram as posições cristãs na Terra Santa. Após a queda de
S. João de Acra em 1291 ambas as Ordens transferiram-se para Chipre
que Ricardo Coração de Leão tinha dado ao rei de Jerusalém. Essa
rivalidade prolongou-se até à extinção da Ordem dos Templários pelo Papa
Clemente V a instancias do rei de França Filipe o belo. Mas enquanto os
Cavaleiros do Hospital se conservavam no Mediterrâneo Oriental, os
Templários, na linha da sua missão universal expandiram as suas
implantações no Ocidente da Europa. Os seus templos constituiam
verdadeiras fortalezas, inexpugnaveis, que subsistem ainda hoje em
Portugal.
PORTUGAL PAÍS TEMPLÁRIO
Foi principalmente na
Penísula Hispânica, e em particular em Portugal, nas campanhas de
reconquista contra os mouros, que os Templários mantiveram a sua accão
de luta pela propagação da fé cristã. Como em França e na Inglaterra
não tinham as mesmas condições dedicaram-se sobretudo à actividade
financeira, o que os tornou odiosamente vítimas da inveja dos grandes
senhores feudais e mesmo de reis. Para tal, contornavam as disposiões
da igreja que proibiam os cristãos de exercer tal actividade.
Penísula Hispânica, e em particular em Portugal, nas campanhas de
reconquista contra os mouros, que os Templários mantiveram a sua accão
de luta pela propagação da fé cristã. Como em França e na Inglaterra
não tinham as mesmas condições dedicaram-se sobretudo à actividade
financeira, o que os tornou odiosamente vítimas da inveja dos grandes
senhores feudais e mesmo de reis. Para tal, contornavam as disposiões
da igreja que proibiam os cristãos de exercer tal actividade.
Foram até banqueiros do
Papa, de reis, de príncipes e de particulares. O seu grande poderio
financeiro pô-los mais tarde em conflito com a maioria dos soberanos,
ao pretenderem estes defender os seus interesses e dos seus
vassalos, que com jactância cobiçavam as suas riquezas, denunciavam
públicamente às mais altas instâncias eclesiásticas, a duvidosa origem
lícita dos bens dos Templários. Por assim dizer, eram um estado dentro
doutro estado, que originavam muitas vezes graves perturbações de
prosperidade económica no entender dos ditos soberanos.
Papa, de reis, de príncipes e de particulares. O seu grande poderio
financeiro pô-los mais tarde em conflito com a maioria dos soberanos,
ao pretenderem estes defender os seus interesses e dos seus
vassalos, que com jactância cobiçavam as suas riquezas, denunciavam
públicamente às mais altas instâncias eclesiásticas, a duvidosa origem
lícita dos bens dos Templários. Por assim dizer, eram um estado dentro
doutro estado, que originavam muitas vezes graves perturbações de
prosperidade económica no entender dos ditos soberanos.
Os Templários na Península
Ibérica tiveram uma actuação benemérita que foi reconhecida e
recompensada pelos reis com benefícios importantes. Estavam isentos de
impostos e da jurisdição episcopal como os censos eclesiásticos
gerais. Ao contrário do que ocorria em França e na Inglaterra, na
Península Ibérica os reis concediam-lhes privilégios e doações de
territórios muitos dos quais situados nas fronteiras, de preferência em
zona de combate e de vanguarda cristã contra os mouros.
Ibérica tiveram uma actuação benemérita que foi reconhecida e
recompensada pelos reis com benefícios importantes. Estavam isentos de
impostos e da jurisdição episcopal como os censos eclesiásticos
gerais. Ao contrário do que ocorria em França e na Inglaterra, na
Península Ibérica os reis concediam-lhes privilégios e doações de
territórios muitos dos quais situados nas fronteiras, de preferência em
zona de combate e de vanguarda cristã contra os mouros.
O NOBRE CRUZADO BORGONHÊS
HENRIQUE FUNDA A DINASTIA TEMPLÁRIA DO CONDADO ‘’PORTUGALENSIS ‘’
HENRIQUE FUNDA A DINASTIA TEMPLÁRIA DO CONDADO ‘’PORTUGALENSIS ‘’
Sabe-se que os condes
borgonheses D. Henrique e D. Raimundo chegaram à Península Ibérica nos
finais do século XI a convite de Afonso VI de Leão e Castela, como
fronteiros e em espírito de cruzada para o auxiliar na defesa e na
reconquista contra os almorávidas.
borgonheses D. Henrique e D. Raimundo chegaram à Península Ibérica nos
finais do século XI a convite de Afonso VI de Leão e Castela, como
fronteiros e em espírito de cruzada para o auxiliar na defesa e na
reconquista contra os almorávidas.
O Conde D.Henrique, 4°
filho de Henrique de Borgonha, bisneto de Roberto I de França, irmão dos
duques Hugo e Eudes de Borgonha, e sobrinho-neto de S. Hugo, abade de
Cluny, foi no seu tempo na Península um dos representantes mais activos
do espírito europeu da época.
filho de Henrique de Borgonha, bisneto de Roberto I de França, irmão dos
duques Hugo e Eudes de Borgonha, e sobrinho-neto de S. Hugo, abade de
Cluny, foi no seu tempo na Península um dos representantes mais activos
do espírito europeu da época.
É natural que os reis de
França quisessem que os duques de Borgonha concretizassem a sua
vassalagem, e como em teoria eram sujeitos da coroa, fruiam de uma
independência que não era vista com bons olhos pelos reis de França.
França quisessem que os duques de Borgonha concretizassem a sua
vassalagem, e como em teoria eram sujeitos da coroa, fruiam de uma
independência que não era vista com bons olhos pelos reis de França.
Revelada a expansão do
Catarismo no Languedoc que se estendeu pela Borgonha, Provença, e por
Aragão, os borgonheses viram-se envolvidos nas campanhas albigenses.
Catarismo no Languedoc que se estendeu pela Borgonha, Provença, e por
Aragão, os borgonheses viram-se envolvidos nas campanhas albigenses.
D. Henrique, como cruzado
foi atraído por zonas de combate contra os infiéis e quis ligar à
Terra Santa a sua posição de fronteiro do Ocidente.
foi atraído por zonas de combate contra os infiéis e quis ligar à
Terra Santa a sua posição de fronteiro do Ocidente.
Tendo acompanhado o seu
primo Raimundo na Cruzada contra os sarracenos, visita na Península
Ibérica a sua tia a raínha Constança de Leão, tendo sido convidado pelo
rei leonês Afonso VI a ajudá-lo no combate aos infiéis no condado
Portugalensis – Portus-Calixis – o mesmo que Porto Graal ou Portugal,
nome proveniente do Cálice sagrado, um dos símbolos páleo–cristãos
particularmente venerado pelos Cátaros e pelos Cavaleiros Templários.
primo Raimundo na Cruzada contra os sarracenos, visita na Península
Ibérica a sua tia a raínha Constança de Leão, tendo sido convidado pelo
rei leonês Afonso VI a ajudá-lo no combate aos infiéis no condado
Portugalensis – Portus-Calixis – o mesmo que Porto Graal ou Portugal,
nome proveniente do Cálice sagrado, um dos símbolos páleo–cristãos
particularmente venerado pelos Cátaros e pelos Cavaleiros Templários.
Para compensar D. Henrique
dos serviços prestados na sua luta contra os mouros, o rei Afonso VI,
no ano de 1095 dá-lhe em casamento a sua filha D. Tareja, oferecendo
como dote o ‘fronteiro’ condado Portugalensis, integrado nos estados
do rei de Leão, no que restava da antiga Lusitânia. Este condado surge
em meados do século IX abrangendo ao norte o Alto Minho, para o
oriente a hoje província de Trás-os-Montes, Douro, e Coimbra. O distrito
de Coimbra abrangia o Douro, Mondego, até ao Tejo ; no ano de 1097 D.
Henrique dominava o território do Minho a Santarém.
dos serviços prestados na sua luta contra os mouros, o rei Afonso VI,
no ano de 1095 dá-lhe em casamento a sua filha D. Tareja, oferecendo
como dote o ‘fronteiro’ condado Portugalensis, integrado nos estados
do rei de Leão, no que restava da antiga Lusitânia. Este condado surge
em meados do século IX abrangendo ao norte o Alto Minho, para o
oriente a hoje província de Trás-os-Montes, Douro, e Coimbra. O distrito
de Coimbra abrangia o Douro, Mondego, até ao Tejo ; no ano de 1097 D.
Henrique dominava o território do Minho a Santarém.
Os sucessos militares
ocorridos na primavera de 1095 moveram Afonso VI a acentuar mais a
separação do condado portugalensis dos outros territórios
peninsulares, sem a qual era mais difícil continuar a fazer a guerra na
fronteira com os sarracenos.
ocorridos na primavera de 1095 moveram Afonso VI a acentuar mais a
separação do condado portugalensis dos outros territórios
peninsulares, sem a qual era mais difícil continuar a fazer a guerra na
fronteira com os sarracenos.
Segundo o testemunho da
Crónica Lusitana, muitos franceses tinham passado os Pirenéus para
participar na batalha de Zalaca, e ainda depois desta.
Crónica Lusitana, muitos franceses tinham passado os Pirenéus para
participar na batalha de Zalaca, e ainda depois desta.
Nada indica que o Conde D.
Henrique tivesse abraçado a doutrina cátara, mas decerto como Bolonhês
perfilharia as razões da luta do Languedoc contra as hordas capetianas, e
condenaria as medidas repressivas tomadas pela Cúria Romana. Foi
‘cruzado’ e em Jerusalém contactara com os Templários a quem tinham sido
revelados os princípios da religião ‘dualista’, com origem na antiga
doutrina de Zoroastro.
Henrique tivesse abraçado a doutrina cátara, mas decerto como Bolonhês
perfilharia as razões da luta do Languedoc contra as hordas capetianas, e
condenaria as medidas repressivas tomadas pela Cúria Romana. Foi
‘cruzado’ e em Jerusalém contactara com os Templários a quem tinham sido
revelados os princípios da religião ‘dualista’, com origem na antiga
doutrina de Zoroastro.
A primeira referência a D.
Henrique é de 1072, (Chartes de Cluny) e em 1082 num documento de
Molesme é considerado ‘puer’. Na data do seu casamento em 1095 andaria
pelos seus 30 anos de idade, pelo que se conclui que deveria ter nascido
em 1065. Usava o manto de Cruzado pelo que se supõe ter estado na Terra
Santa, e é entre estas duas datas que se dintingue na fronteira
sudoeste da Península Ibérica contra os almorávidas. Formou a sua corte
de fidalgos, artistas e sábios predominantemente borgonhesca e
provençal, que continuou durante a dinastia de seu filho o rei Afonso
Henriques.
Henrique é de 1072, (Chartes de Cluny) e em 1082 num documento de
Molesme é considerado ‘puer’. Na data do seu casamento em 1095 andaria
pelos seus 30 anos de idade, pelo que se conclui que deveria ter nascido
em 1065. Usava o manto de Cruzado pelo que se supõe ter estado na Terra
Santa, e é entre estas duas datas que se dintingue na fronteira
sudoeste da Península Ibérica contra os almorávidas. Formou a sua corte
de fidalgos, artistas e sábios predominantemente borgonhesca e
provençal, que continuou durante a dinastia de seu filho o rei Afonso
Henriques.
Ao casar a sua filha
Tareja (Teresa) com Henrique, Afonso VI não se limitou a entregar-lhe
governo do condado portugalensis, com a qual já frequentemente se
confunde o distrito coimbriense e o de Santarém debaixo desse nome
comum. As propriedades regalengas, isto é, do património do
rei e da coroa, passaram a ser possuídas como bens próprios e
heriditários da coroa. É a estes bens que parece que se refere a
célebre passagem da crónica de Afonso VII falando de Tareja « dedit
maritatam Enrico camiti, et dotavit eam magnifice dans portugralesem
terra juce heriditaria ».
Tareja (Teresa) com Henrique, Afonso VI não se limitou a entregar-lhe
governo do condado portugalensis, com a qual já frequentemente se
confunde o distrito coimbriense e o de Santarém debaixo desse nome
comum. As propriedades regalengas, isto é, do património do
rei e da coroa, passaram a ser possuídas como bens próprios e
heriditários da coroa. É a estes bens que parece que se refere a
célebre passagem da crónica de Afonso VII falando de Tareja « dedit
maritatam Enrico camiti, et dotavit eam magnifice dans portugralesem
terra juce heriditaria ».
Note-se a coincidencia de
algumas datas significativas :
algumas datas significativas :
1115 – Fundação por D.
Hugo, Conde de Troyes, do Mosteiro de Claraval, de que o Primeiro Abade
foi S. Bernardo de Claraval.
Hugo, Conde de Troyes, do Mosteiro de Claraval, de que o Primeiro Abade
foi S. Bernardo de Claraval.
1119 - Fundação da Ordem
dos Templarios ou Ordem da Cavalaria do Templo de Salomão por Hugo de
Payens.
dos Templarios ou Ordem da Cavalaria do Templo de Salomão por Hugo de
Payens.
1124 – No dia do seu
aniversàrio natalício, dia consagrado ao Espírito Santo, D. Afonso
Henriques, tendo envergado ele próprio as suas vestes de guerreiro, como
era atributo das pessoas reais, foi armado cavaleiro ao pé do altar da
igreja de S. Salvador, em Zamora.
aniversàrio natalício, dia consagrado ao Espírito Santo, D. Afonso
Henriques, tendo envergado ele próprio as suas vestes de guerreiro, como
era atributo das pessoas reais, foi armado cavaleiro ao pé do altar da
igreja de S. Salvador, em Zamora.
1126 – Primeira doação aos
Templários em Portugal : Fonte Arcada.
Templários em Portugal : Fonte Arcada.
1128 – Doação aos
Templários, também por D. Teresa, do Castelo de Soure e das terras entre
Leiria e Coimbra. Confirmação da Ordem dos Templários no Concilio de
Troyes.
Templários, também por D. Teresa, do Castelo de Soure e das terras entre
Leiria e Coimbra. Confirmação da Ordem dos Templários no Concilio de
Troyes.
1128 – Vitória do Infante
D. Afonso Henriques sobre a sua mãe na batalha de São Mamede.
D. Afonso Henriques sobre a sua mãe na batalha de São Mamede.
1131 – Redação definitiva,
por S. Bernardo de Claraval, da Regra Templários.
por S. Bernardo de Claraval, da Regra Templários.
1140 – Vitoria de D.
Afonso Henriques sobre os mouros na batalha de Ourique.
Afonso Henriques sobre os mouros na batalha de Ourique.
1143 – Reconhecimento do
título de Rex, usado por D. Afonso Henriques, com o apoio do Papa
Eugénio III, que fora disciplo de Bernardo de Claraval. O Mosteiro de S.
João de Tarouca passa à obediência de Claraval, seguido dos Mosteiros
de Lafões, Salzedas, Sever, Fiães, S. Pedro das Aguias.
título de Rex, usado por D. Afonso Henriques, com o apoio do Papa
Eugénio III, que fora disciplo de Bernardo de Claraval. O Mosteiro de S.
João de Tarouca passa à obediência de Claraval, seguido dos Mosteiros
de Lafões, Salzedas, Sever, Fiães, S. Pedro das Aguias.
1147 – Conquista, por D.
Afonso Henriques, de Santarém e de Lisboa. Cedência aos Templarios das
posseções e dos rendimentos das igrejas de Santarém.
Afonso Henriques, de Santarém e de Lisboa. Cedência aos Templarios das
posseções e dos rendimentos das igrejas de Santarém.
1153 – Fundação do
Convento de Santa Maria de Alcobaça, que passa a ser a cabeça e o centro
espiritual e intelectual dos Cisterciences em Portugal, sob a
jurisdição de Claraval.
Convento de Santa Maria de Alcobaça, que passa a ser a cabeça e o centro
espiritual e intelectual dos Cisterciences em Portugal, sob a
jurisdição de Claraval.
1157- Concessão aos
Templáros, por D. Afonso Henriques, de privilégios extraordinários:
inviolabilidade de propriedades e de pessoas; isenção de tributo e de
serviços; isenção de portagens; isenção de pagamento do dizimo dos
terrenos que eles próprios cultivavam ou mandavam cultivar à sua custa ;
os Templários não podiam ser capturados, nem se lhe podia exigir
penalidades por crimes cometidos, sendo os pleitos decididos pele
sentença de « homens bons ».
Templáros, por D. Afonso Henriques, de privilégios extraordinários:
inviolabilidade de propriedades e de pessoas; isenção de tributo e de
serviços; isenção de portagens; isenção de pagamento do dizimo dos
terrenos que eles próprios cultivavam ou mandavam cultivar à sua custa ;
os Templários não podiam ser capturados, nem se lhe podia exigir
penalidades por crimes cometidos, sendo os pleitos decididos pele
sentença de « homens bons ».
1158 – Tomada de Alcácer do
Sal. Gualdim Pais é investido 6° Mestre dos Templários portugueses.
Sal. Gualdim Pais é investido 6° Mestre dos Templários portugueses.
1159 – Doação aos
Templários do vasto território de Cêras.
Templários do vasto território de Cêras.
1160 - Construção, neste
território, do Castelo de Tomar, com a sua igreja e Charola, projecção
arquitectónica da Cruz Templária, a Cruz das oito beatitudes.
território, do Castelo de Tomar, com a sua igreja e Charola, projecção
arquitectónica da Cruz Templária, a Cruz das oito beatitudes.
1185 – Morte de Gualdim
Pais, o Mestre que mais consolidou os dominios Templários em Portugal,
os quais possuíam nessa altura os Castelos de Tomar, Almourol, Zêzere,
Pombal, Idanha-a- Velha, Cêras, Cardiga, Sousa e Monsanto, entre outros,
além de muitas propriedades em Lisboa, Sintra, Santarém, Leiria, Évora e
Beja.
Pais, o Mestre que mais consolidou os dominios Templários em Portugal,
os quais possuíam nessa altura os Castelos de Tomar, Almourol, Zêzere,
Pombal, Idanha-a- Velha, Cêras, Cardiga, Sousa e Monsanto, entre outros,
além de muitas propriedades em Lisboa, Sintra, Santarém, Leiria, Évora e
Beja.
Este sincronismo de datas
indica perfeitamente a realidade histórica : durante a soberania do
Conde D. Henrique o territorio está sujeito ao Mosteiro de Cluny ;
depois de D. Afonso Henriques é com o apoio moral e religioso dos
Cisterciences e com o auxílio decisivo dos Templários que se faz a
conquista, a ocupação e a cristianização do território português.
indica perfeitamente a realidade histórica : durante a soberania do
Conde D. Henrique o territorio está sujeito ao Mosteiro de Cluny ;
depois de D. Afonso Henriques é com o apoio moral e religioso dos
Cisterciences e com o auxílio decisivo dos Templários que se faz a
conquista, a ocupação e a cristianização do território português.
A independencia de Portugal
é pois marcada e qualificada pela convergência da aliança borgonhesa -
lusitana e do espirito cristão, segundo o ideal Cistercience e
Templário, sob o magistério de S. Bernardo de Claraval.
é pois marcada e qualificada pela convergência da aliança borgonhesa -
lusitana e do espirito cristão, segundo o ideal Cistercience e
Templário, sob o magistério de S. Bernardo de Claraval.
É no triângulo Guimarães /
Braga, Tomar e Alcobaça que assenta a nova nação europeia. O 1° rei de
Portugal é um cavaleiro templário, o que explica a sua total
identificação com a Ordem. Portugal será a ponta de lança afiada contra o
Islão ao mesmo tempo que o espaço exemplar de um pais missionado.
Braga, Tomar e Alcobaça que assenta a nova nação europeia. O 1° rei de
Portugal é um cavaleiro templário, o que explica a sua total
identificação com a Ordem. Portugal será a ponta de lança afiada contra o
Islão ao mesmo tempo que o espaço exemplar de um pais missionado.
Um reino cristão concebido
e espiritualmente organizado, desde a origem, segundo os principios do
cristianismo trinitarista, ético, cruzado e apostólico de idealidade
cavalheiresca, mariana e bernardina.
e espiritualmente organizado, desde a origem, segundo os principios do
cristianismo trinitarista, ético, cruzado e apostólico de idealidade
cavalheiresca, mariana e bernardina.
Nesse sentido, a grande
nave despojada de Alcobaça e a charola octogonal do Convento de Cristo
em Tomar simbolizam vizivelmente a dupla consagração das palavras de
Cristo a D. Afonso Henriques antes da batalha de Ourique, que
constituem uma revelação prémonitória de toda a vocação da história de
Portugal.
nave despojada de Alcobaça e a charola octogonal do Convento de Cristo
em Tomar simbolizam vizivelmente a dupla consagração das palavras de
Cristo a D. Afonso Henriques antes da batalha de Ourique, que
constituem uma revelação prémonitória de toda a vocação da história de
Portugal.
O ímpeto cruzado e
templário de D. Afonso Henriques, não só conduziria à conquista total do
território português, como levaria a Cruz de Cristo aos confins da
África, à Índia, ao Extremo Oriente e às Américas :
templário de D. Afonso Henriques, não só conduziria à conquista total do
território português, como levaria a Cruz de Cristo aos confins da
África, à Índia, ao Extremo Oriente e às Américas :
« Porque
eu sou o fundador e o distribuidor dos impérios do mundo, e em ti , e a
tua geração, quero fundar para mim um reino, para cuja indústria será
meu nome notificado a gentes estranhas »
eu sou o fundador e o distribuidor dos impérios do mundo, e em ti , e a
tua geração, quero fundar para mim um reino, para cuja indústria será
meu nome notificado a gentes estranhas »
Frei Bernardo de Brito na
Crònica de Cister
Crònica de Cister
O SANJOANISMO, O
TEMPLARISMO, E O GRAALISMO – CONCESSÕES E POSSESSÕES
TEMPLARISMO, E O GRAALISMO – CONCESSÕES E POSSESSÕES
Nesse tempo verificava-se
um elo espiritual entre o Sanjoanismo (doutrina do Evangelho de S.
João), o Templarismo e o Graalismo; ou seja, a devoção ao Espírito Santo
(Divino Parácleto) e a S. Bernardo de Claraval. A própria arquitectura
do Convento de Tomar reflete-nos essa mesma confluência do Templo de
Salomão, do Mosteiro de Caraval, e da Demanda do Santo Graal.
um elo espiritual entre o Sanjoanismo (doutrina do Evangelho de S.
João), o Templarismo e o Graalismo; ou seja, a devoção ao Espírito Santo
(Divino Parácleto) e a S. Bernardo de Claraval. A própria arquitectura
do Convento de Tomar reflete-nos essa mesma confluência do Templo de
Salomão, do Mosteiro de Caraval, e da Demanda do Santo Graal.
Roma sempre suspeitou de
desvios da ortodoxia por parte dos nobres cavaleiros portugalensis que
considerava « Terra dos Templários » (Tempreiros) apesar desta ter sido
extinta no resto da Europa, e ter-se prolongado no seio da Ordem de
Cristo.
desvios da ortodoxia por parte dos nobres cavaleiros portugalensis que
considerava « Terra dos Templários » (Tempreiros) apesar desta ter sido
extinta no resto da Europa, e ter-se prolongado no seio da Ordem de
Cristo.
Assim, a Cúria Romana
criou durante séculos dificuldades e decisões injustas na arbritagem de
pleitos ao reino de Portugal. E durante séculos até ao último rei
português, desde o filho bastardo do rei Afonso Henriques que foi
Grão-Mestre não da ‘’Ordem do Templo ‘’ mas da ‘’religião de São João’’
conforme se indica na lápide do seu túmulo na Igreja de São João do
Alporão em Santarém, imbuída na devoção ao Espírito Santo, passando
pelos rei D. Dinis e Isabel que foram os repropulsores do culto do
Espírito Santo.
criou durante séculos dificuldades e decisões injustas na arbritagem de
pleitos ao reino de Portugal. E durante séculos até ao último rei
português, desde o filho bastardo do rei Afonso Henriques que foi
Grão-Mestre não da ‘’Ordem do Templo ‘’ mas da ‘’religião de São João’’
conforme se indica na lápide do seu túmulo na Igreja de São João do
Alporão em Santarém, imbuída na devoção ao Espírito Santo, passando
pelos rei D. Dinis e Isabel que foram os repropulsores do culto do
Espírito Santo.
O Conde D. Henrique nunca
deixou de fazer viagens à Síria e à Terra Santa em Cruzadas. E como
Cruzado morreu em 1112, na terra que tinha libertado dos infiéis. Seu
filho, D. Afonso Henriques escolheria a Cruz de Cristo das Cruzadas de
seu pai e templária como símbolos do escudo de armas que imortalizou na
bandeira portuguesa.
deixou de fazer viagens à Síria e à Terra Santa em Cruzadas. E como
Cruzado morreu em 1112, na terra que tinha libertado dos infiéis. Seu
filho, D. Afonso Henriques escolheria a Cruz de Cristo das Cruzadas de
seu pai e templária como símbolos do escudo de armas que imortalizou na
bandeira portuguesa.
Após a morte de D. Henrique
a sua viuva D. Tareja concede à Ordem do Templo por foral de 1128 os
castelos de Soure e Alpreade, e também a terra deserta e despovoada,
entre Coimbra e Leiria.
a sua viuva D. Tareja concede à Ordem do Templo por foral de 1128 os
castelos de Soure e Alpreade, e também a terra deserta e despovoada,
entre Coimbra e Leiria.
Afonso Henriques 1° rei de
Portugal na sua Cruzada Ibérica para expulsar os mouros da Península e
alargar o seu território, fê-lo muita vêz com os cavaleiros da Ordem do
Templo e o seu Mestre Gualdim Pais.
Portugal na sua Cruzada Ibérica para expulsar os mouros da Península e
alargar o seu território, fê-lo muita vêz com os cavaleiros da Ordem do
Templo e o seu Mestre Gualdim Pais.
Em 1153 o rei D. Afonso
funda o Mosteiro de Alcobaça para a Ordem de Cister, que ele chamara a
Portugal com o apoio do próprio São Bernardo de Claraval, estando
presente um dos seus militantes Pedro Henrique, filho do Conde D.
Henrique e meio irmão de D. Afonso.
funda o Mosteiro de Alcobaça para a Ordem de Cister, que ele chamara a
Portugal com o apoio do próprio São Bernardo de Claraval, estando
presente um dos seus militantes Pedro Henrique, filho do Conde D.
Henrique e meio irmão de D. Afonso.
Em 1159 em recompensa
pelos seus feitos de armas é-lhes dado pelo rei o castelo de Cêra ; em
1160 os Templários conquistam para o reino a cidade de Tomar,
entregando-lhes as terras do rio Nabão que os mouros chamaram Tomah,
onde Mestre Gualdim Pais viria a construir 10 anos mais tarde num morro
sobranceiro ao rio Nabão, o castelo para a sede da Ordem, e mais um
terço de todo o território que pudessem conquistar a sul do Tejo ; mais
as possessões e os castelos de Castro-Marim, Almourol e Pombal.
pelos seus feitos de armas é-lhes dado pelo rei o castelo de Cêra ; em
1160 os Templários conquistam para o reino a cidade de Tomar,
entregando-lhes as terras do rio Nabão que os mouros chamaram Tomah,
onde Mestre Gualdim Pais viria a construir 10 anos mais tarde num morro
sobranceiro ao rio Nabão, o castelo para a sede da Ordem, e mais um
terço de todo o território que pudessem conquistar a sul do Tejo ; mais
as possessões e os castelos de Castro-Marim, Almourol e Pombal.
Na França, os Templários
assentaram em Paris, e como as finanças do Estado françês se tivessem
esgotado, o rei para resolver o seu problema económico, sobrecarregava o
povo de impostos. Dessa maneira começaram a odiar o monarca e a
manifestar admiração pela Ordem dos Templários cujo poder de compra
enriquecia mercadores e artífices cristãos e judeus, e em cujas terras
ferteis empregavam braços de muitas famílias rurais.
assentaram em Paris, e como as finanças do Estado françês se tivessem
esgotado, o rei para resolver o seu problema económico, sobrecarregava o
povo de impostos. Dessa maneira começaram a odiar o monarca e a
manifestar admiração pela Ordem dos Templários cujo poder de compra
enriquecia mercadores e artífices cristãos e judeus, e em cujas terras
ferteis empregavam braços de muitas famílias rurais.
O TEMPLO DE CRISTO E O
GRAAL
GRAAL
Se na sua primeira fase a
acção templária em Portugal foi principalmente de combate, no apoio a D.
Afonso Henriques e na luta contra os mouros, terá sido a partir de
1160, com a construção do Castelo e da Igreja de Tomar, que iniciou a
sua fase por assim dizer espiritual.
acção templária em Portugal foi principalmente de combate, no apoio a D.
Afonso Henriques e na luta contra os mouros, terá sido a partir de
1160, com a construção do Castelo e da Igreja de Tomar, que iniciou a
sua fase por assim dizer espiritual.
Gualdim Pais era um velho
companheiro de D. Afonso Henriques, que aos 21 anos tomara parte na
batalha de Ourique, onde foi armado cavaleiro. Pouco depois, partiu como
cruzado para a Palestina, onde permaneceu cinco anos e onde se
distinguiu em várias batalhas. Foi na Palestina que ingressou na Ordem
do Templo, sendo de crer que os seus feitos e a sua personalidade o
tenham elevado até à mais alta hierarquia. Aí foi certamente iniciado na
doutrina joanina da Ordem, tendo aí compreendido que a acção dos monges
cavaleiros de Deus visava muito mais do que a defesa física dos lugares
santos.
companheiro de D. Afonso Henriques, que aos 21 anos tomara parte na
batalha de Ourique, onde foi armado cavaleiro. Pouco depois, partiu como
cruzado para a Palestina, onde permaneceu cinco anos e onde se
distinguiu em várias batalhas. Foi na Palestina que ingressou na Ordem
do Templo, sendo de crer que os seus feitos e a sua personalidade o
tenham elevado até à mais alta hierarquia. Aí foi certamente iniciado na
doutrina joanina da Ordem, tendo aí compreendido que a acção dos monges
cavaleiros de Deus visava muito mais do que a defesa física dos lugares
santos.
Ao regressar a Portugal,
está compenetrado da missão que lhe cabe, se é que dela não foi
conscientemente incumbido. Em 1158 foi investido no cargo de 6° Mestre
da Ordem Templária portuguesa.
está compenetrado da missão que lhe cabe, se é que dela não foi
conscientemente incumbido. Em 1158 foi investido no cargo de 6° Mestre
da Ordem Templária portuguesa.
Pouco depois, a 1 de Março
de 1160, D. Gualdim Pais lança os fundamentos do Castelo de Tomar, que
será a Sede dos Templários.
de 1160, D. Gualdim Pais lança os fundamentos do Castelo de Tomar, que
será a Sede dos Templários.
O templo que foi
construído não tem, na sua forma, tradição conhecida em Portugal. É um templo octogonal,
tendo no interior uma capela igualmente octogonal, quase circular pela
disposição dos pilares, no centro da qual está o altar.
construído não tem, na sua forma, tradição conhecida em Portugal. É um templo octogonal,
tendo no interior uma capela igualmente octogonal, quase circular pela
disposição dos pilares, no centro da qual está o altar.
Havia primitivamente uma
única porta, que dava directamente para o Convento, sendo a única
serventia dos cavaleiros.
única porta, que dava directamente para o Convento, sendo a única
serventia dos cavaleiros.
Tal como outras igrejas
templárias, teve por modelo a igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém.
templárias, teve por modelo a igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém.
As colunas que sustentam a
cobertura, marcando o espaço da capela interior são encimados por
capitèis de inspiração orientalista ou fitomórfica, tendo um deles,
hoje voltado para a nave aberta por D. Manuel I, a cruz templária
gravada e realçada a vermelho.
cobertura, marcando o espaço da capela interior são encimados por
capitèis de inspiração orientalista ou fitomórfica, tendo um deles,
hoje voltado para a nave aberta por D. Manuel I, a cruz templária
gravada e realçada a vermelho.
Nas cerimónias litúrgicas
ou quando em oração, os templários dispunham-se em circulo, segundo o
arquétipo dos cavaleiros da Távola Redonda, buscadores do Graal.
ou quando em oração, os templários dispunham-se em circulo, segundo o
arquétipo dos cavaleiros da Távola Redonda, buscadores do Graal.
A charola de Tomar forma
como que um circulo, sendo o central, o do altar, da mesa ou da távola,
em redor do qual se alinhavam os cavaleiros; é uma tavola redonda.
como que um circulo, sendo o central, o do altar, da mesa ou da távola,
em redor do qual se alinhavam os cavaleiros; é uma tavola redonda.
Tendo em conta a relativa
exiguidade da igreja, constituida por dois octógonos concentricos,
tendendo à circulatura, fácilmente se reconhece estarmos em presença de
um templo que não foi concebido para multidões, mas para um pequeno
número de cavaleiros-monges admitidos na Ordem, ou seja, um templo
iniciático. Esta disposição reforçava as ideias de eleição, de escolha e
de missão essenciais à vivencia destes cavaleiros que, como os do rei
Artur « deixam os seus país, parentes, esposas e filhos para seguir a
Ordem ».
exiguidade da igreja, constituida por dois octógonos concentricos,
tendendo à circulatura, fácilmente se reconhece estarmos em presença de
um templo que não foi concebido para multidões, mas para um pequeno
número de cavaleiros-monges admitidos na Ordem, ou seja, um templo
iniciático. Esta disposição reforçava as ideias de eleição, de escolha e
de missão essenciais à vivencia destes cavaleiros que, como os do rei
Artur « deixam os seus país, parentes, esposas e filhos para seguir a
Ordem ».
Como se sabe, nos romances
da Demanda do Santo Graal, os templários são os guardiões do Graal, que
usavam uma cuz vermelha sobre uma túnica branca ou uma veste branca com
uma cruz vermelha ao peito.
da Demanda do Santo Graal, os templários são os guardiões do Graal, que
usavam uma cuz vermelha sobre uma túnica branca ou uma veste branca com
uma cruz vermelha ao peito.
O Graal é o cálice com o
sangue de Cristo que foi trazido para a Europa por José de Arimatéia.
sangue de Cristo que foi trazido para a Europa por José de Arimatéia.
Cavaleiros do Graal que,
segundo as narrativas da época ( ciclo de Robert de Boron e Wolfram von
Eschenbach ) procuravam lugares e domicílios desconhecidos para guardar
o Santo Graal, navegando em barcos de velas brancas com uma cruz
vermelha que prenunciam as futuras caravelas portuguesas, com a Cruz de
Cristo.
segundo as narrativas da época ( ciclo de Robert de Boron e Wolfram von
Eschenbach ) procuravam lugares e domicílios desconhecidos para guardar
o Santo Graal, navegando em barcos de velas brancas com uma cruz
vermelha que prenunciam as futuras caravelas portuguesas, com a Cruz de
Cristo.
A EXCOMUNHÃO DE FILIPE IV O
BELO PELO PAPA BONIFACIO VIII, E O APOIO DOS TEMPLÁRIOS Á AUTORIDADE
PAPAL ESTÁ NA ORIGEM DA SUA DISSOLUCÃO.
BELO PELO PAPA BONIFACIO VIII, E O APOIO DOS TEMPLÁRIOS Á AUTORIDADE
PAPAL ESTÁ NA ORIGEM DA SUA DISSOLUCÃO.
Neste período, o rei de
França Filipe IV ‘o belo’ entrou em conflito com o Papa Bonifácio VIII
que decidiu excomungá-lo, tendo o rei francês reagido com a convocação
dos ‘’Estados Gerais’’ na qual se decretou em 1302 que a Coroa francesa
não reconhecia a autoridade do Papa. Sucedeu-lhe Bento XI, logo
falecido em 1304, sendo o trono papal ocupado por Clemente V.
França Filipe IV ‘o belo’ entrou em conflito com o Papa Bonifácio VIII
que decidiu excomungá-lo, tendo o rei francês reagido com a convocação
dos ‘’Estados Gerais’’ na qual se decretou em 1302 que a Coroa francesa
não reconhecia a autoridade do Papa. Sucedeu-lhe Bento XI, logo
falecido em 1304, sendo o trono papal ocupado por Clemente V.
Os Templários tinham
apoiado o Papa Bonifácio e esta atitude exarcebou de tal modo Filipe IV
que vendo simultâneamente extinguir-se o prazo para a solvência da sua
enorme dívida que tinha para com os templários, e desejoso de se
apoderar das suas imensas riquezas, aproveitou todas as lendas que se
tinham acumulado contra eles, acentuou mais a campanha extremamente
violenta que nos fins do século XIII tinha desencadeado contra a Ordem
do Templo, decidiu aniquilar a Ordem que reunindo com o Bispo de Bolonha
e concertando uma cláusula secreta que seria imposta a Clemente V que o
rei tinha conseguido pôr no trono Papal.
apoiado o Papa Bonifácio e esta atitude exarcebou de tal modo Filipe IV
que vendo simultâneamente extinguir-se o prazo para a solvência da sua
enorme dívida que tinha para com os templários, e desejoso de se
apoderar das suas imensas riquezas, aproveitou todas as lendas que se
tinham acumulado contra eles, acentuou mais a campanha extremamente
violenta que nos fins do século XIII tinha desencadeado contra a Ordem
do Templo, decidiu aniquilar a Ordem que reunindo com o Bispo de Bolonha
e concertando uma cláusula secreta que seria imposta a Clemente V que o
rei tinha conseguido pôr no trono Papal.
Foram acusados de numerosos
crimes ; lesa-majestade, usura, heresia, costumes depravados etc.
crimes ; lesa-majestade, usura, heresia, costumes depravados etc.
É provável que a sua
longa estância no Próximo Oriente tivesse tido alguma influência na
pureza da sua fé, mas a acusações divulgadas e instigadas por Filipe ‘o
belo’ fizeram que o Papa, de conivência com o rei, decidisse extinguir a
Ordem no Concílio de Viena do Delfinado (1311).
longa estância no Próximo Oriente tivesse tido alguma influência na
pureza da sua fé, mas a acusações divulgadas e instigadas por Filipe ‘o
belo’ fizeram que o Papa, de conivência com o rei, decidisse extinguir a
Ordem no Concílio de Viena do Delfinado (1311).
Mas a principal razão da
perseguição de que foram objecto reside no poder que os Templários
tinham. Poder politico e financeiro.
perseguição de que foram objecto reside no poder que os Templários
tinham. Poder politico e financeiro.
Ao nível político os
Templários tinham um plano de governo mundial, através de uma federação
de Estados autonomos, sob a direçcão de dois chefes supremos, um
espiritual, o Papa, o outro politico, o Imperador. Tendo ao seu serviço a
Milícia do Templo.
Templários tinham um plano de governo mundial, através de uma federação
de Estados autonomos, sob a direçcão de dois chefes supremos, um
espiritual, o Papa, o outro politico, o Imperador. Tendo ao seu serviço a
Milícia do Templo.
Este plano far-se-ia sobre
a reconciliação e a cooperação das três religiões monoteistas herdeiras
da tradição biblica : cristãos, muçulmanos e judeus.
a reconciliação e a cooperação das três religiões monoteistas herdeiras
da tradição biblica : cristãos, muçulmanos e judeus.
Esta concepção ecuménica
revela-se, por exemplo, nas enigmáticas relações dos Templários com os
ismaelitas da Palestina, em especial com a organização secreta dos
Assaci, chefiados pelo Cheick el Djebel, o Velho da Montanha e
sobretudo pela existência de Sinagogas judaicas em areas de influência
templária, sendo aí o seu culto protegido, como é o caso da Sinagoga de
Tomar, uma das poucas conservadas e intactas em Portugal.
revela-se, por exemplo, nas enigmáticas relações dos Templários com os
ismaelitas da Palestina, em especial com a organização secreta dos
Assaci, chefiados pelo Cheick el Djebel, o Velho da Montanha e
sobretudo pela existência de Sinagogas judaicas em areas de influência
templária, sendo aí o seu culto protegido, como é o caso da Sinagoga de
Tomar, uma das poucas conservadas e intactas em Portugal.
Estes factos constaram das
acusações de Filipe o Belo e de Clemente V, muito embora o seu
significado houvesse sido para tal intencionalmente deturpado.
acusações de Filipe o Belo e de Clemente V, muito embora o seu
significado houvesse sido para tal intencionalmente deturpado.
A ATITUDE DOS REIS
PENINSULARES, SOBRETUDO A DO REI DE PORTUGAL NA PROTECCÃO DOS MEMBROS
DA ‘’ORDEM’’.
PENINSULARES, SOBRETUDO A DO REI DE PORTUGAL NA PROTECCÃO DOS MEMBROS
DA ‘’ORDEM’’.
Avisados os reis da
Península para irem a esse concílio, alguns deles se fizeram
representar, menos o rei de Portugal, que fêz saber que nunca tivera
motivos de queixa dos Templários, e graças a eles combatera os infiéis
alargando e prosperando o País.
Península para irem a esse concílio, alguns deles se fizeram
representar, menos o rei de Portugal, que fêz saber que nunca tivera
motivos de queixa dos Templários, e graças a eles combatera os infiéis
alargando e prosperando o País.
Para evitar que fossem
perseguidos, e ao mesmo tempo como o Papa pretendia dispor dos bens da
Ordem por esta lhe estar directamente subordinada, os reis de Portugal,
Castela e Aragão, para obstar à sua alienação, alegaram que esses bens
tenham sido outorgados com o intuito de favorecer a sua acção
missionária. Por esse motivo desaparecendo a Ordem, desaparecia a causa
da doação devendo os bens regressar à Coroa.
perseguidos, e ao mesmo tempo como o Papa pretendia dispor dos bens da
Ordem por esta lhe estar directamente subordinada, os reis de Portugal,
Castela e Aragão, para obstar à sua alienação, alegaram que esses bens
tenham sido outorgados com o intuito de favorecer a sua acção
missionária. Por esse motivo desaparecendo a Ordem, desaparecia a causa
da doação devendo os bens regressar à Coroa.
Seja como for, parece
demonstrado que o Papa acreditou, nomeando comissões de inquérito, cujas
conclusões não foram definitivas, mas que levaram à extinção da Ordem.
Daí conclui-se a atroz cumplicidade do Papa com Filipe IV, que
doravante tinha condições de foro jurídico-eclesiástico para prender,
julgar e condenar à fogueira o Grão-Mestre Jacques Molay e todos os
cavaleiros que se encontravam em França.
demonstrado que o Papa acreditou, nomeando comissões de inquérito, cujas
conclusões não foram definitivas, mas que levaram à extinção da Ordem.
Daí conclui-se a atroz cumplicidade do Papa com Filipe IV, que
doravante tinha condições de foro jurídico-eclesiástico para prender,
julgar e condenar à fogueira o Grão-Mestre Jacques Molay e todos os
cavaleiros que se encontravam em França.
Filipe ‘o belo’ pouco
tempo viveu após a sentença condenatória dos Templários e teve uma
morte atroz, transportando através de gerações a maldição que o
Grão-Mestre lhe lançou quando morria na fogueira.
tempo viveu após a sentença condenatória dos Templários e teve uma
morte atroz, transportando através de gerações a maldição que o
Grão-Mestre lhe lançou quando morria na fogueira.
O rei francês não
conseguiu eliminar a Ordem do Templo porque com a vinda dos templários
franceses para o seu PortoGraal a Ordem tornou-se mais forte,
desenvolveu-se, expandiu-se pelos 4 cantos do mundo deixando a sua
presença na arquitectura, nas ciências, nas artes, e com os seus códigos
foi missionáriamente implantada em todos os continentes do mundo.
conseguiu eliminar a Ordem do Templo porque com a vinda dos templários
franceses para o seu PortoGraal a Ordem tornou-se mais forte,
desenvolveu-se, expandiu-se pelos 4 cantos do mundo deixando a sua
presença na arquitectura, nas ciências, nas artes, e com os seus códigos
foi missionáriamente implantada em todos os continentes do mundo.
OPERACÃO DE FACHADA NA
ORDEM DO TEMPLO REALIZADA PELO REI D. DINIS.
ORDEM DO TEMPLO REALIZADA PELO REI D. DINIS.
IGREJAS CIRCULARES E
OCTOGONAIS QUE OS ‘’TEMPLÁRIOS PORTUGUESES ‘’CAVALEIROS DA ORDEM DE
CRISTO’’ IMPLANTARAM NO MUNDO
OCTOGONAIS QUE OS ‘’TEMPLÁRIOS PORTUGUESES ‘’CAVALEIROS DA ORDEM DE
CRISTO’’ IMPLANTARAM NO MUNDO
Com a metamorfose dos
Cavaleiros do Templo em Cavaleiros da Ordem de Cristo o estandarte
albi-negro dos Templários, que o acusador françês Guillaume de Nogaret
malignamente denunciara como símbolo dualista do Reino da Luz e do reino
das Trevas, Deus e Bafomé, é substituida pela cruz vermelha sempre de
identificação templária com a qual os portugueses levariam a mensagem
na descoberta do mundo.
Cavaleiros do Templo em Cavaleiros da Ordem de Cristo o estandarte
albi-negro dos Templários, que o acusador françês Guillaume de Nogaret
malignamente denunciara como símbolo dualista do Reino da Luz e do reino
das Trevas, Deus e Bafomé, é substituida pela cruz vermelha sempre de
identificação templária com a qual os portugueses levariam a mensagem
na descoberta do mundo.
Como é notório e histórico,
o rei português D. Dinis cuja casa real e base da nobreza, assim como
grande parte da população eram formados por templários, cátaros, e
judeus, (os qual os havia até na Ordem) que desde a fundação da
nacionalidade vieram com o conde D. Henrique, popularam e constituiram a
maior parte da região, mudou-lhes o nome para ‘’Cavaleiros da Ordem de
Cristo’’ evitando assim a perseguição às componentes templárias-
cátaras – judias da Ordem. A ‘’Ordem’’ continuou através dos séculos
levando a Cruz de Cristo de um outro Henrique Infante, Grão-Mestre da
Ordem (Templária) de Cristo por entre terras e mares desconhecidos,
evangelizando, gentes na infância da civilização, guerreando o islão, e
levando messiânicamente o Espírito Santo mensageiro a toda a parte,
desenvolvendo e colocando Portog(ra)al no cume das nações, casta de
valores fundidos no universo.
o rei português D. Dinis cuja casa real e base da nobreza, assim como
grande parte da população eram formados por templários, cátaros, e
judeus, (os qual os havia até na Ordem) que desde a fundação da
nacionalidade vieram com o conde D. Henrique, popularam e constituiram a
maior parte da região, mudou-lhes o nome para ‘’Cavaleiros da Ordem de
Cristo’’ evitando assim a perseguição às componentes templárias-
cátaras – judias da Ordem. A ‘’Ordem’’ continuou através dos séculos
levando a Cruz de Cristo de um outro Henrique Infante, Grão-Mestre da
Ordem (Templária) de Cristo por entre terras e mares desconhecidos,
evangelizando, gentes na infância da civilização, guerreando o islão, e
levando messiânicamente o Espírito Santo mensageiro a toda a parte,
desenvolvendo e colocando Portog(ra)al no cume das nações, casta de
valores fundidos no universo.
No acesso à Ordem
entravam os que tivessem ganho ‘’Gentileza’’ condição primordial para
ser Cavaleiro. Nas ‘Ordenações Afonsinas’ mandadas reunir por D. Afonso
V, definia-se a entrada para a Ordem de Cavalaria, o 1° grau da nobreza
dizendo ‘’ esta Gentileza vem de três maneiras : a primeira por
linhagem, (origem familiar) ; a segunda por Saber ; a terceira por
bondade ; bons costumes e habilidade.
entravam os que tivessem ganho ‘’Gentileza’’ condição primordial para
ser Cavaleiro. Nas ‘Ordenações Afonsinas’ mandadas reunir por D. Afonso
V, definia-se a entrada para a Ordem de Cavalaria, o 1° grau da nobreza
dizendo ‘’ esta Gentileza vem de três maneiras : a primeira por
linhagem, (origem familiar) ; a segunda por Saber ; a terceira por
bondade ; bons costumes e habilidade.
O saber e a habilidade
levaram também muitos judeus conversos à Gentileza e à Cavalaria do mar
(cavaleiros – navegadores).
levaram também muitos judeus conversos à Gentileza e à Cavalaria do mar
(cavaleiros – navegadores).
Na primeira igreja do
Castelo de Tomar encontra-se a rotunda poligonal, o mais belo espécime
de arte síria de todo o Ocidente. Em Newport (USA) depara-se uma torre
com 8 arcos (templária) de construção do século XV, levada e construida
pelos portugueses, nomeadamente o navegador Miguel Corte-Real, Cavaleiro
da Ordem de Cristo (versus do Templo) com a mensagem arquitectorial
cristo-templária análoga à Charola do Convento de Tomar ou Altar-mor. A
parte extrema é redonda, e a parte interna é octogonal com 8 arcos e foi
construída à semelhança do Santo Sepulcro em Jerusalém.
Castelo de Tomar encontra-se a rotunda poligonal, o mais belo espécime
de arte síria de todo o Ocidente. Em Newport (USA) depara-se uma torre
com 8 arcos (templária) de construção do século XV, levada e construida
pelos portugueses, nomeadamente o navegador Miguel Corte-Real, Cavaleiro
da Ordem de Cristo (versus do Templo) com a mensagem arquitectorial
cristo-templária análoga à Charola do Convento de Tomar ou Altar-mor. A
parte extrema é redonda, e a parte interna é octogonal com 8 arcos e foi
construída à semelhança do Santo Sepulcro em Jerusalém.
Os Templários portugueses
inspirados nas igrejas circulares e octogonais que viram no Próximo
Oriente durante as cruzadas, nomeadamente o Santo Sepulcro, lugar onde
Cristo morreu, construiram 7 castelos no mesmo estilo : Almourol,
Idanha, Monsanto, Pombal, Zêzere, Cêra, Castro-Marim, e Tomar.
inspirados nas igrejas circulares e octogonais que viram no Próximo
Oriente durante as cruzadas, nomeadamente o Santo Sepulcro, lugar onde
Cristo morreu, construiram 7 castelos no mesmo estilo : Almourol,
Idanha, Monsanto, Pombal, Zêzere, Cêra, Castro-Marim, e Tomar.
O castelo de Tomar é o
protótipo das rotundas octogonais portuguesas com 8 arcos. Tem uma parte
exterior circular que termina em torre de vigia. Durante o período dos
descobrimentos os portugueses usaram o mesmo método para construir mais
de 150 castelos e igrejas na África, na Ásia e no Brasil. Nenhum país da
Europa construiu em tantas terras distantes mais igrejas e castelos com
torres circulares e octogonais do que Portugal. De facto a bandeira
portuguesa é a única no mundo que tem castelos. E os arcos templários
destes castelos assemelham-se ao de Newport nos EUA.
protótipo das rotundas octogonais portuguesas com 8 arcos. Tem uma parte
exterior circular que termina em torre de vigia. Durante o período dos
descobrimentos os portugueses usaram o mesmo método para construir mais
de 150 castelos e igrejas na África, na Ásia e no Brasil. Nenhum país da
Europa construiu em tantas terras distantes mais igrejas e castelos com
torres circulares e octogonais do que Portugal. De facto a bandeira
portuguesa é a única no mundo que tem castelos. E os arcos templários
destes castelos assemelham-se ao de Newport nos EUA.
Como os Templáros contavam
a Ordem em 4 graus : Como os Templários juravam manter segredo absoluto
de tudo quanto viam e ouviam : Como osTemplários eram igualmente
ajuramentados. Com D. João II intensificar-se-ia a divisa templária
‘’Sigillum Militum Christi’’ « Política de Sigilo ».
a Ordem em 4 graus : Como os Templários juravam manter segredo absoluto
de tudo quanto viam e ouviam : Como osTemplários eram igualmente
ajuramentados. Com D. João II intensificar-se-ia a divisa templária
‘’Sigillum Militum Christi’’ « Política de Sigilo ».
Sábios, navegadores, e
descobridores, e muitos outros foram irmãos da Ordem de Cristo. Mas não
só a cavaleiros e marinheiros era permitido pertencer à Ordem. Também se
achavam ligados a ela matemáticos, cartógrafos e médicos, e entre eles
havia-os de ascendência judaica.
descobridores, e muitos outros foram irmãos da Ordem de Cristo. Mas não
só a cavaleiros e marinheiros era permitido pertencer à Ordem. Também se
achavam ligados a ela matemáticos, cartógrafos e médicos, e entre eles
havia-os de ascendência judaica.
Pela história, pela
arqueologia, pela epigrafia, e genética, ciências exactas, prova-se que
tesouros, do que restou, e particularmente o Santo Graal, que velado
‘através do Tempo’ encontra-se sigilosamente guardado na terra
Portusgalensis, nome proveniente do Cálice Sagrado que o acolheu :
Portus Calixis – o mesmo que Porto Graal.
arqueologia, pela epigrafia, e genética, ciências exactas, prova-se que
tesouros, do que restou, e particularmente o Santo Graal, que velado
‘através do Tempo’ encontra-se sigilosamente guardado na terra
Portusgalensis, nome proveniente do Cálice Sagrado que o acolheu :
Portus Calixis – o mesmo que Porto Graal.
Graal que, segundo a
memória colectiva das gentes portuguesas, terá sido guardado algures
‘’ no Altar-mor ‘’ do Convento de Cristo de Tomar.
memória colectiva das gentes portuguesas, terá sido guardado algures
‘’ no Altar-mor ‘’ do Convento de Cristo de Tomar.
«««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««
Apresento o início do livro
Os Templários, de Michel Lamy, que foi de grande ajuda em minhas
pesquisas nos trabalhos de inspiração medieval, A Rosa e a Cruz e
Persifal. Não à toa neste último um dos personagens principais se chama
Gondemar, que irão descobrir quem foi logo abaixo. Deixo o trecho
inicial e os que se interessarem poderão continuar a leitura adquirindo o
livro ou pelo scribd. O link está no final desta página.
Os Templários, de Michel Lamy, que foi de grande ajuda em minhas
pesquisas nos trabalhos de inspiração medieval, A Rosa e a Cruz e
Persifal. Não à toa neste último um dos personagens principais se chama
Gondemar, que irão descobrir quem foi logo abaixo. Deixo o trecho
inicial e os que se interessarem poderão continuar a leitura adquirindo o
livro ou pelo scribd. O link está no final desta página.
NOTA
DO EDITOR PORTUGUÊS
DO EDITOR PORTUGUÊS
Não se sabe ao certo se, entre os
primeiros nove templários que foram a Jerusalém, um deles seria do
Condado Portucalense: Gondomar (ou Gondemar?). Mas supõe-se que a
presença da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo (mais tarde denominada
por Ordem do Templo) em Portugal data de 1126, e sabe-se que os
Templários estavam solidamente implantados no país em 1157, quando foi
nomeado Grão-Mestre Gualdim Pais, figura emblemática que comandou a
reconquista de Santarém e Lisboa, ao lado de Martim Moniz. Em 1128, D.
Teresa concedeu-lhes o castelo de Soure, e como recompensa dos seus
feitos guerreiros, D. Afonso Henriques outorgar-lhes-á a cidade de
Tomar, bem como as terras compreendidas entre Tomar e Santarém. Foi
assim que o castelo de Almourol, contemplando todo o Tejo, entrou na
posse da Ordem.
primeiros nove templários que foram a Jerusalém, um deles seria do
Condado Portucalense: Gondomar (ou Gondemar?). Mas supõe-se que a
presença da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo (mais tarde denominada
por Ordem do Templo) em Portugal data de 1126, e sabe-se que os
Templários estavam solidamente implantados no país em 1157, quando foi
nomeado Grão-Mestre Gualdim Pais, figura emblemática que comandou a
reconquista de Santarém e Lisboa, ao lado de Martim Moniz. Em 1128, D.
Teresa concedeu-lhes o castelo de Soure, e como recompensa dos seus
feitos guerreiros, D. Afonso Henriques outorgar-lhes-á a cidade de
Tomar, bem como as terras compreendidas entre Tomar e Santarém. Foi
assim que o castelo de Almourol, contemplando todo o Tejo, entrou na
posse da Ordem.
É também certo que a decisão papal de extinguir a
Ordem não seria bem acolhida e, em 1311, D. Dinis ordenou o
levantamento de um processo, que decorreu em Salamanca, para averiguar a
culpabilidade dos templários da Península Ibérica. Os templários
portugueses seriam ilibados. Logo depois, D. Dinis enviou ao papa João
XXII dois emissários para negociarem o renascimento da Ordem do Templo.
Surgiu a Ordem de Cristo, de que foi investido Grão-Mestre Gil Martins
(em 15 de Março de 1319), e cujos cavaleiros usavam um hábito idêntico
ao dos templários: apenas uma cruz branca inscrita dentro da cruz
vermelha (para assinalar a pureza da instituição ressurgida) os
distinguia. Os dignatários do Templo conservaram os seus lugares na nova
Ordem, que alojou também muitos templários refugiados, de França e
outras nações europeias.
Ordem não seria bem acolhida e, em 1311, D. Dinis ordenou o
levantamento de um processo, que decorreu em Salamanca, para averiguar a
culpabilidade dos templários da Península Ibérica. Os templários
portugueses seriam ilibados. Logo depois, D. Dinis enviou ao papa João
XXII dois emissários para negociarem o renascimento da Ordem do Templo.
Surgiu a Ordem de Cristo, de que foi investido Grão-Mestre Gil Martins
(em 15 de Março de 1319), e cujos cavaleiros usavam um hábito idêntico
ao dos templários: apenas uma cruz branca inscrita dentro da cruz
vermelha (para assinalar a pureza da instituição ressurgida) os
distinguia. Os dignatários do Templo conservaram os seus lugares na nova
Ordem, que alojou também muitos templários refugiados, de França e
outras nações europeias.
É em Tomar que encontramos uma maior
concentração de bastiões da Ordem, contributos inestimáveis para o nosso
patrimônio arquitetônico. E o caso do castelo de Tomar (também chamado
dos Templários), que estaria unido por passagens subterrâneas à Igreja
de São João Baptista (santo venerado pela Ordem, que nos seus templos e
capelas conta com inúmeras representações de baphomets – cabeças
degoladas) e à Igreja de Santa Maria do Olival, onde Gualdim Pais foi
sepultado. O seu túmulo, ao que se sabe, está vazio – mais um enigma
para a constelação dos mistérios do Templo.
concentração de bastiões da Ordem, contributos inestimáveis para o nosso
patrimônio arquitetônico. E o caso do castelo de Tomar (também chamado
dos Templários), que estaria unido por passagens subterrâneas à Igreja
de São João Baptista (santo venerado pela Ordem, que nos seus templos e
capelas conta com inúmeras representações de baphomets – cabeças
degoladas) e à Igreja de Santa Maria do Olival, onde Gualdim Pais foi
sepultado. O seu túmulo, ao que se sabe, está vazio – mais um enigma
para a constelação dos mistérios do Templo.
A arte gótica,
segundo Michel Lamy, terá sido introduzida pelos Templários, que se
associaram a mesteirais cagots, possuidores de segredos de construção e
dos trabalhos em pedra (possíveis antecessores dos «pedreiros-livres» ou
franco-mações). O estilo manuelino será, em Portugal, o herdeiro direto
do gótico e o seu grande expoente é o Convento de Cristo, cripta da
Ordem de Cristo, após se ter instalado por alguns anos em Castro Marim e
ter regressado à original sede do Templo. Na charola do Convento de
Cristo encontramos a disposição octogonal, fiel à cosmologia da época e
representando o hemisfério celeste. Os Templários, e os seus herdeiros
Cavaleiros de Cristo, teriam desenvolvido os conhecimentos de astrologia
e astronomia (as duas ciências, como se sabe, eram indissociáveis) que
lhes serviram para iniciar a aventura dos Descobrimentos. A esfera
armilar, na famosa Janela do Capítulo, lá está para nos lembrar o papel
dos Cavaleiros nas Descobertas, assim como o ângulo de 34º que
encontramos nos vértices das fachadas das capelas góticas, que será o
ângulo que a constelação de Cão Maior faz com a Taça (Graal) e com Leão,
conforme representado no baixo-relevo da Igreja de São João Baptista.
Esta estará ainda ligada por subterrâneos a um outro monumento de Tomar,
o Convento de Santa Iria, onde se observa um boi esculpido na pedra
(Constelação do Boieiro), herança visigótica de que a Ordem do Templo se
terá apropriado. No plano arquitetônico, há também que realçar o «olho
de boi» sobre a Janela do Capítulo, de que se diz indicar a direção do
ovo alquímico, que serviria para a transmutação do metal em ouro e que,
juntamente com a carga trazida das viagens marítimas à Terra Nova, seria
a explicação do tesouro templário, misteriosamente desaparecido e
talvez depositado em…Tomar.
segundo Michel Lamy, terá sido introduzida pelos Templários, que se
associaram a mesteirais cagots, possuidores de segredos de construção e
dos trabalhos em pedra (possíveis antecessores dos «pedreiros-livres» ou
franco-mações). O estilo manuelino será, em Portugal, o herdeiro direto
do gótico e o seu grande expoente é o Convento de Cristo, cripta da
Ordem de Cristo, após se ter instalado por alguns anos em Castro Marim e
ter regressado à original sede do Templo. Na charola do Convento de
Cristo encontramos a disposição octogonal, fiel à cosmologia da época e
representando o hemisfério celeste. Os Templários, e os seus herdeiros
Cavaleiros de Cristo, teriam desenvolvido os conhecimentos de astrologia
e astronomia (as duas ciências, como se sabe, eram indissociáveis) que
lhes serviram para iniciar a aventura dos Descobrimentos. A esfera
armilar, na famosa Janela do Capítulo, lá está para nos lembrar o papel
dos Cavaleiros nas Descobertas, assim como o ângulo de 34º que
encontramos nos vértices das fachadas das capelas góticas, que será o
ângulo que a constelação de Cão Maior faz com a Taça (Graal) e com Leão,
conforme representado no baixo-relevo da Igreja de São João Baptista.
Esta estará ainda ligada por subterrâneos a um outro monumento de Tomar,
o Convento de Santa Iria, onde se observa um boi esculpido na pedra
(Constelação do Boieiro), herança visigótica de que a Ordem do Templo se
terá apropriado. No plano arquitetônico, há também que realçar o «olho
de boi» sobre a Janela do Capítulo, de que se diz indicar a direção do
ovo alquímico, que serviria para a transmutação do metal em ouro e que,
juntamente com a carga trazida das viagens marítimas à Terra Nova, seria
a explicação do tesouro templário, misteriosamente desaparecido e
talvez depositado em…Tomar.
Podemos não dar crédito a todas
estas suposições (ao ponto de nos parecer, lendo as obras dos que
investigaram os «segredos» dos Templários, que a Ordem seria uma espécie
de súmula das mais variadas e díspares esotéricas de todo o Mundo,
sendo quase impossível encontrar um fio de coerência). Mas parece
inegável que os Templários e a Ordem de Cristo desempenharam um papel
fundamental nos Descobrimentos Portugueses. Diz-se de D. Dinis, o grande
defensor da continuação da Ordem, que estaria «iniciado» nos segredos
templários… E não foi ele o «plantador de naus a haver», segundo a
Mensagem de Fernando Pessoa, último Cavaleiro de Rosa-Cruz, essa Ordem
da cruz mística que muitos julgam herdeira dos Templários?
estas suposições (ao ponto de nos parecer, lendo as obras dos que
investigaram os «segredos» dos Templários, que a Ordem seria uma espécie
de súmula das mais variadas e díspares esotéricas de todo o Mundo,
sendo quase impossível encontrar um fio de coerência). Mas parece
inegável que os Templários e a Ordem de Cristo desempenharam um papel
fundamental nos Descobrimentos Portugueses. Diz-se de D. Dinis, o grande
defensor da continuação da Ordem, que estaria «iniciado» nos segredos
templários… E não foi ele o «plantador de naus a haver», segundo a
Mensagem de Fernando Pessoa, último Cavaleiro de Rosa-Cruz, essa Ordem
da cruz mística que muitos julgam herdeira dos Templários?
O
grande impulsionador das Descobertas foi D. João, mestre de Avis, e
sabemos que a Ordem de Avis estava intimamente ligada a Calatrava e,
portanto, ao Templo. Assim, também, as primeiras caravelas ostentavam o
pavilhão da Cruz de Cristo, e o Infante D. Henrique, se não era Mestre,
era pelo menos governador da Ordem de Cristo. Finalmente, e sem esgotar
os grandes nomes da história nacional que estariam ligados a uma
pretensa «missão templária», o último rei de Avis foi D. Sebastião, o
Desejado, dominado pelo sonho megalômano do Império «onde nunca o Sol se
põe» (era, indiscutivelmente, objectivo dos Templários ligar ao
Ocidente o Oriente). E foi D. Sebastião que ordenou ao Dr. Pedro Álvares
que escrevesse a história da Ordem de Cristo, Compilação das Escrituras
da Ordem de Cristo, ordenada por Alvará d’El Rei D. Sebastião, de 16 de
Dezembro de 1560. Nesta obra, em vários volumes, conta-se «que a Igreja
de Santa Maria do Olival era a única paroquial Igreja de toda a terra
de Thomar e Ceras e que o vigairo dela era representado pelo Mestre e
Convento sem instituição nem autoridade doutrem», «que a Ordem de Cristo
se pode chamar a Ordem do Verdadeiro Templo», e que «parece que o dito
Infante D. Henrique soube do tempo da sua morte e como se preparou para
ela», entre outras várias «histórias» que valerá a pena esmiuçar-se se
se quiser traçar o percurso dos Templários em Portugal, que parece ser
indissociável da consolidação e afirmação da nossa nacionalidade.
grande impulsionador das Descobertas foi D. João, mestre de Avis, e
sabemos que a Ordem de Avis estava intimamente ligada a Calatrava e,
portanto, ao Templo. Assim, também, as primeiras caravelas ostentavam o
pavilhão da Cruz de Cristo, e o Infante D. Henrique, se não era Mestre,
era pelo menos governador da Ordem de Cristo. Finalmente, e sem esgotar
os grandes nomes da história nacional que estariam ligados a uma
pretensa «missão templária», o último rei de Avis foi D. Sebastião, o
Desejado, dominado pelo sonho megalômano do Império «onde nunca o Sol se
põe» (era, indiscutivelmente, objectivo dos Templários ligar ao
Ocidente o Oriente). E foi D. Sebastião que ordenou ao Dr. Pedro Álvares
que escrevesse a história da Ordem de Cristo, Compilação das Escrituras
da Ordem de Cristo, ordenada por Alvará d’El Rei D. Sebastião, de 16 de
Dezembro de 1560. Nesta obra, em vários volumes, conta-se «que a Igreja
de Santa Maria do Olival era a única paroquial Igreja de toda a terra
de Thomar e Ceras e que o vigairo dela era representado pelo Mestre e
Convento sem instituição nem autoridade doutrem», «que a Ordem de Cristo
se pode chamar a Ordem do Verdadeiro Templo», e que «parece que o dito
Infante D. Henrique soube do tempo da sua morte e como se preparou para
ela», entre outras várias «histórias» que valerá a pena esmiuçar-se se
se quiser traçar o percurso dos Templários em Portugal, que parece ser
indissociável da consolidação e afirmação da nossa nacionalidade.
Vemos,
pois, que Portugal esteve decisivamente envolvido na implantação e
preservação da Ordem do Templo, o que Michel Lamy deixa entrever na sua
obra.
pois, que Portugal esteve decisivamente envolvido na implantação e
preservação da Ordem do Templo, o que Michel Lamy deixa entrever na sua
obra.
Esta nota e a documentação iconográfica selecionada para
ilustrar a obra, pretendem fornecer algumas pistas para quem deseje
prosseguir um estudo sobre a ação dos Templários em Portugal.
ilustrar a obra, pretendem fornecer algumas pistas para quem deseje
prosseguir um estudo sobre a ação dos Templários em Portugal.
ADVERTÊNCIA
A
história da Ordem do Templo é um terreno escorregadio que provoca
desconfianças aos universitários atuais. Demasiado enigmático, demasiado
ligado ao esoterismo para não desagradar aos apoiantes da escola
quantitativista, suscita muito poucas vocações em comparação com o que
aconteceu outrora. No entanto, deu origem, ao longo dos tempos, a
inúmeras obras de qualidade. Investigadores de todos os horizontes
tentaram compreendê-la, contribuindo com a luz que era própria da sua
formação ou do seu empenhamento político.
história da Ordem do Templo é um terreno escorregadio que provoca
desconfianças aos universitários atuais. Demasiado enigmático, demasiado
ligado ao esoterismo para não desagradar aos apoiantes da escola
quantitativista, suscita muito poucas vocações em comparação com o que
aconteceu outrora. No entanto, deu origem, ao longo dos tempos, a
inúmeras obras de qualidade. Investigadores de todos os horizontes
tentaram compreendê-la, contribuindo com a luz que era própria da sua
formação ou do seu empenhamento político.
Por que razão
acrescentar mais um livro aos milhares já publicados em todo o mundo e
que estudam pormenorizadamente a vida dos cavaleiros do Templo nas suas
Comendas, as operações militares que realizaram, a sucessão dos seus
Grão-Mestres, a sua alimentação, as suas armas, etc.?
acrescentar mais um livro aos milhares já publicados em todo o mundo e
que estudam pormenorizadamente a vida dos cavaleiros do Templo nas suas
Comendas, as operações militares que realizaram, a sucessão dos seus
Grão-Mestres, a sua alimentação, as suas armas, etc.?
Se se
tratasse apenas disso, bastaria efetivamente remetermo-nos para as muito
boas obras de John Charpentier, Albert Ollivier, Georges Bordonove,
Marion Melville, Raymond Oursel, Alain Demurger e muitos outros. Mas
essas obras, por mais sérias que sejam, não resolvem todos os enigmas
que a Ordem do Templo levanta.
tratasse apenas disso, bastaria efetivamente remetermo-nos para as muito
boas obras de John Charpentier, Albert Ollivier, Georges Bordonove,
Marion Melville, Raymond Oursel, Alain Demurger e muitos outros. Mas
essas obras, por mais sérias que sejam, não resolvem todos os enigmas
que a Ordem do Templo levanta.
Muitos investigadores se dedicaram
às zonas de sombra desta história, com maior ou menor felicidade, maior
ou menor loucura, é preciso dizê-lo. Nem todas as suas hipóteses são
fiáveis mas muitos deles trouxeram o seu quinhão de luz a um tema que
tinha muitos espaços de trevas. São necessários nomes como os de Louis
Charpentier, Daniel Réju, Gérard de Sède, Gilette Ziegler, Guinguand,
Weysen, para desbravar as veredas da História Secreta, por mais
perigosas e assustadoras para o caminhante que sejam.
às zonas de sombra desta história, com maior ou menor felicidade, maior
ou menor loucura, é preciso dizê-lo. Nem todas as suas hipóteses são
fiáveis mas muitos deles trouxeram o seu quinhão de luz a um tema que
tinha muitos espaços de trevas. São necessários nomes como os de Louis
Charpentier, Daniel Réju, Gérard de Sède, Gilette Ziegler, Guinguand,
Weysen, para desbravar as veredas da História Secreta, por mais
perigosas e assustadoras para o caminhante que sejam.
Porque,
finalmente, digam o que disserem determinados historiadores encartados, a
criação da Ordem do Templo continua envolta em mistérios; e o mesmo
acontece com a realidade profunda da sua missão. Inúmeros locais
ocupados pelos Templários apresentam particularidades estranhas.
Atribuíram-se aos monges-soldados crenças heréticas, cultos curiosos e
às suas construções significados e até poderes fantásticos. A seu
respeito, fala-se de gigantescos tesouros escondidos, de segredos
ciosamente preservados e de muitas outras coisas.
finalmente, digam o que disserem determinados historiadores encartados, a
criação da Ordem do Templo continua envolta em mistérios; e o mesmo
acontece com a realidade profunda da sua missão. Inúmeros locais
ocupados pelos Templários apresentam particularidades estranhas.
Atribuíram-se aos monges-soldados crenças heréticas, cultos curiosos e
às suas construções significados e até poderes fantásticos. A seu
respeito, fala-se de gigantescos tesouros escondidos, de segredos
ciosamente preservados e de muitas outras coisas.
As diversas
hipóteses formuladas contêm, sem dúvida, muito mais partes de sonho do
que fatos provados, mas, mesmo por detrás das mais loucas, há muitas
vezes parcelas de verdade que há que pôr a claro, por muito que
desagrade aos racionalistas inveterados.
hipóteses formuladas contêm, sem dúvida, muito mais partes de sonho do
que fatos provados, mas, mesmo por detrás das mais loucas, há muitas
vezes parcelas de verdade que há que pôr a claro, por muito que
desagrade aos racionalistas inveterados.
No que a isto respeita,
convém determo-nos, por breves instantes, num caso curioso: o de Umberto
Eco. Depois do seu êxito mundial, O Nome da Rosa, este universitário
italiano vendeu vários milhares de exemplares de uma outra obra: O
Pêndulo de Foucault. Nela, amalgama a seu bel-prazer tudo o que se
relaciona com o esoterismo e os Templários, acumulando citações
desinseridas do seu contexto, truncando-as de forma a adulterar as teses
apresentadas; em resumo, utilizando processos bem conhecidos da
desinformação. O objectivo de Umberto Eco parece ter sido ironizar,
troçar de todos quantos procuram a verdade fora dos caminhos muito
trilhados, o que, no entanto, é, em certa medida, também o seu caso.
Encarniçou-se especialmente contra aqueles que se interessam pelos
mistérios dos Templários: uns loucos! Por três vezes, é a frase que põe
na boca de uma das suas personagens: «Desde o tempo em que eles [os
Templários] haviam sido enviados para a fogueira, uma multidão de
caçadores de mistérios procurara encontrá-los em todo o lado, e sem
nunca apresentar a menor prova» – «Quando alguém repõe em jogo os
Templários, é quase sempre um louco» – «Mais tarde ou mais cedo, o louco
põe os Templários em jogo» – «Também há loucos sem Templários, mas os
loucos dos Templários são os mais insidiosos» – «Os Templários continuam
a ser indecifráveis devido à sua confusão mental. É por isso que tantas
pessoas os veneram.»
convém determo-nos, por breves instantes, num caso curioso: o de Umberto
Eco. Depois do seu êxito mundial, O Nome da Rosa, este universitário
italiano vendeu vários milhares de exemplares de uma outra obra: O
Pêndulo de Foucault. Nela, amalgama a seu bel-prazer tudo o que se
relaciona com o esoterismo e os Templários, acumulando citações
desinseridas do seu contexto, truncando-as de forma a adulterar as teses
apresentadas; em resumo, utilizando processos bem conhecidos da
desinformação. O objectivo de Umberto Eco parece ter sido ironizar,
troçar de todos quantos procuram a verdade fora dos caminhos muito
trilhados, o que, no entanto, é, em certa medida, também o seu caso.
Encarniçou-se especialmente contra aqueles que se interessam pelos
mistérios dos Templários: uns loucos! Por três vezes, é a frase que põe
na boca de uma das suas personagens: «Desde o tempo em que eles [os
Templários] haviam sido enviados para a fogueira, uma multidão de
caçadores de mistérios procurara encontrá-los em todo o lado, e sem
nunca apresentar a menor prova» – «Quando alguém repõe em jogo os
Templários, é quase sempre um louco» – «Mais tarde ou mais cedo, o louco
põe os Templários em jogo» – «Também há loucos sem Templários, mas os
loucos dos Templários são os mais insidiosos» – «Os Templários continuam
a ser indecifráveis devido à sua confusão mental. É por isso que tantas
pessoas os veneram.»
Pois bem, assim seja. Convido todos quantos
se interessam pelos Templários a partilharem um pouco de loucura
comigo, na investigação dos mistérios da Ordem do Templo. Deixemos
Umberto Eco entregue ao seu psicanalista, para que este lhe explique o
que o levou a ler centenas de obras a que não atribui qualquer crédito e
que procura ridicularizar.
se interessam pelos Templários a partilharem um pouco de loucura
comigo, na investigação dos mistérios da Ordem do Templo. Deixemos
Umberto Eco entregue ao seu psicanalista, para que este lhe explique o
que o levou a ler centenas de obras a que não atribui qualquer crédito e
que procura ridicularizar.
Corramos antes o risco de, em
conjunto, nos aventurarmos por caminhos não balizados, mesmo que
possamos perder-nos neles. Tentemos esclarecer, de passagem, os
mistérios das origens da Ordem e a influência de São Bernardo.
Interessemo-nos pela colossal potência econômica e política que a Ordem
do Templo representou e pelos meios que empregou, pelas fontes da sua
riqueza. Investiguemos se foi herética e que cultos estranhos foram
eventualmente praticados no seu seio. E, para tal, dediquemo-nos a
examinar os vestígios que os Templários nos deixaram, nomeadamente
gravados na pedra. Interroguemo-nos sobre a origem do impulso que deram à
arquitetura da sua época e sobre as fontes dos seus conhecimentos nesta
matéria. Procuremos na sua prisão e no seu processo as chaves mais
misteriosas. Estudemos o que pode sobreviver desta Ordem e, por fim,
visitemos alguns locais onde podemos respirar o odor estranho da sua
presença e procurar os sinais tangíveis daquilo a que se convencionou
chamar a História Secreta dos Templários.
conjunto, nos aventurarmos por caminhos não balizados, mesmo que
possamos perder-nos neles. Tentemos esclarecer, de passagem, os
mistérios das origens da Ordem e a influência de São Bernardo.
Interessemo-nos pela colossal potência econômica e política que a Ordem
do Templo representou e pelos meios que empregou, pelas fontes da sua
riqueza. Investiguemos se foi herética e que cultos estranhos foram
eventualmente praticados no seu seio. E, para tal, dediquemo-nos a
examinar os vestígios que os Templários nos deixaram, nomeadamente
gravados na pedra. Interroguemo-nos sobre a origem do impulso que deram à
arquitetura da sua época e sobre as fontes dos seus conhecimentos nesta
matéria. Procuremos na sua prisão e no seu processo as chaves mais
misteriosas. Estudemos o que pode sobreviver desta Ordem e, por fim,
visitemos alguns locais onde podemos respirar o odor estranho da sua
presença e procurar os sinais tangíveis daquilo a que se convencionou
chamar a História Secreta dos Templários.
Mas, antes,
refresquemos por um instante os nossos conhecimentos, passando em
revista os dois séculos da história da Ordem, de modo a adquirirmos
assim os pontos de referência necessários para a análise da sua evolução
no tempo.
refresquemos por um instante os nossos conhecimentos, passando em
revista os dois séculos da história da Ordem, de modo a adquirirmos
assim os pontos de referência necessários para a análise da sua evolução
no tempo.
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